quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Para variar...

Aqui sempre foi meu lugar de despejo, de descarrego, de aliviar as dores. Há muito tento e quero escrever mas infelizmente não encontro tempo. Também não encontro tempo para me cuidar, para cuidar da minha vida. Há tempos só cuido daquele com que vivo, infelizmente chamo assim, pois não consigo nomear isso de relacionamento, já que ele escapa da normalidade. Isso significou para mim um certo acolhimento, misturado, inicialmente, a uma paixão, por sua vez misturada com a paixão pelo que fazia. Agora, não sei mais como definir, as coisas mudaram e com elas as necessidades, imperiosas, que, num certo sentido, acabaram por me fazerem pensar e criar algo novo. Entretanto, no meio do caminho me vi obrigada a ter que rearranjar os planos. Não sei como resolverei as coisas doravante. Minha vida mudou, para melhor, sem dúvida, mas com a mudança, muitas coisas foram arrastadas. Agora pensando, algumas delas até deveriam ter sido extintas, se considerarmos os acontecimentos inesperados. Mas, devido a meus próprios cuidados, elas continuam a sobreviver. Entretanto, eu não estou aguentando o peso de tudo e não sei como redistribuí-los...
E você, meu amor, responsável, talvez, por toda essa mudança, já que decidi fazer tudo isso por você, ainda nem consegui conversar com você sobre isso... Desde que tudo começou a se modificar, você só despeja ressentimento em cima de mim. Estive pensando, me parece que, ou você surtou, ou não esperava, ou o acontecimento pode ter sido grande demais para você, ou ainda continua tentando me enrolar, já que me lembro de nossa última conversa, bastava a solução, dada por mim, se resolver para que voltássemos a conversar. Infelizmente nunca mais consegui falar com você. Há quase um ano não nos encontramos de verdade. Sei que as coisas se complicaram, mas também sei que há uma falta de vontade, algo proposital, ou receio, de sua parte.
Queria conseguir me organizar, repensar minha vida, o que vou fazer daqui em diante, só depende de mim, mas sinto como se ainda estivesse presa para realizar tudo o que preciso e não sei como fazer para me desamarrar das "cordas". A ideia era realizar, realizei, para termos nossa liberdade, minha vida de volta, ainda não consegui ter minha vida de volta, parece que os laços se apertaram ainda mais, não sei o que fazer, como me desvencilhar de tudo isso. Também receio não saber o que fazer caso a inesperada liberdade venha se impor, ou caso eu a conquiste. Não sei o que fazer...

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