segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estou um tanto cansada para escrever. Mas, triste o suficiente para pelo menos tentar expressar tudo o que senti e passei o dia todo. A começar pela manhã, por volta das 8hs, iniciando o dia, encontrando afectos duvidosos, intrigados, invejosos... Que me fizeram, ao mesmo tempo, voltar ao passado e me lembrar de tudo o que vivi e que me fez em parte novamente pegar uma linha de fuga que, espero não ser para os mares do Sul... Essa linha de fuga, motivo de minhas atuais preocupações nesse momento, que às vezes me deixa triste, me traz um certo alívio pela importante e talvez maior conquista da minha vida. Não importa o que digam, pensem, achem, não tenho a menor dúvida de que foi uma grande conquista! Entretanto, não sei porque ainda preciso voltar ao problema e pensar se realmente deveria ter seguido essa linha. Isso também me faz pensar que outrora também havia pego outra linha de fuga que, em parte, me trouxe até aqui. Talvez esteja assim pois ainda está muito recente, ainda tenho muito afectos. Mas, ao mesmo tempo nunca, creio, passei tanto tempo em um lugar, com as "mesmas" pessoas e também não sei se significa o abandono de tudo. Se decidi seguir por esse caminho é porque, ao menos, na época não via outro. Não sei se um dia, cedo ou tarde retornarei ou se me re-encontrei. Curioso é que, de um certo modo, minha essência era essa e hoje me estranho vendo aquelas pessoas na prática que outrora me cabia... São muitos afectos, ainda não sei como lidar com isso. Talvez eu tenha que deixar o barco andar um pouco e pensar com calma no que fazer, para onde ir...
Mas, fiquei muito chateada ao longo de todo o dia e talvez o que tenha me magoado mais foi o fato de, como sempre, você não ter me retornado e novamente não termos nos encontrado. Mês que vem fará um ano, não gostaria que completasse... Durante o ano foram vários problemas que nos impediram de nos encontrar, mas como sempre, você recusou mais. Também não aguento mais tanta pressão, acabei ficando muito doente com tudo isso. Mas desde essa conquista, você parece que propositalmente, sequer por telefone possibilitou qualquer tipo de conversa e contato. Inocentemente, às vezes, penso que para nos/me/se proteger, mas também talvez fugindo, pois imagino que você não acreditasse que eu conseguiria. Enfim, me entristece muito o fato de que fiz tudo isso por sua causa e talvez tenha errado, me precipitado, mas também não aguentava mais aquela situação. Por outro lado, estou aliviada por não estar mais desesperada nem tão dependente de vocês, embora a dependência agora passe por outro lugar, estranho, desconhecido/ conhecido, perigoso. Mas, não aguentava mais, precisava fazer algo, por mim. Não acredito que não agir seria, no meu caso resistir, mas padecer. Você, como sempre me entristece muito. Eu deveria te esquecer, ou dar um tempo, mas você me tornou totalmente "dependente" de você, por amor. Só não sei se posso esperar o mesmo de você. Sonhei tanto com isso. Quando penso em nós, volto aos bons e velhos tempos, nos quais eu era feliz. Talvez se tratasse de mera superficialidade, mas era melhor. Vivi coisas muito pesadas, duras, e agora me sinto mais leve, livre, só preciso saber o que realmente quero ou talvez aguardar um pouco mais, os próprios acontecimentos. Isso pode demorar talvez muito e não sei se conseguirei realizar tudo o que pretendo. Também não sei se deveria realizar somente como gostaria, se deveria esperar o kairós, que nesse caso seria com você. Mas, quando penso que isso pode demorar tanto e talvez não consiga realizar devido à demora, fico louca. Por isso queria, pelo menos, conversar com você, mas você parecer não querer. Acho que vou pensar na minha vida, no meu trabalho, que no fundo foi o que sempre fiz, no meio do caos, criativo, resistir à morte e deixar que as coisas encontrem seu lugar "natural". Já remei muito contra e à favor da maré, estou cansada, também preciso de tempo, até para poder me estabelecer. Queria que fosse de outro modo, mas talvez tenha errado no passado e, não sei se por isso estou tão confusa agora...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Para variar...

Aqui sempre foi meu lugar de despejo, de descarrego, de aliviar as dores. Há muito tento e quero escrever mas infelizmente não encontro tempo. Também não encontro tempo para me cuidar, para cuidar da minha vida. Há tempos só cuido daquele com que vivo, infelizmente chamo assim, pois não consigo nomear isso de relacionamento, já que ele escapa da normalidade. Isso significou para mim um certo acolhimento, misturado, inicialmente, a uma paixão, por sua vez misturada com a paixão pelo que fazia. Agora, não sei mais como definir, as coisas mudaram e com elas as necessidades, imperiosas, que, num certo sentido, acabaram por me fazerem pensar e criar algo novo. Entretanto, no meio do caminho me vi obrigada a ter que rearranjar os planos. Não sei como resolverei as coisas doravante. Minha vida mudou, para melhor, sem dúvida, mas com a mudança, muitas coisas foram arrastadas. Agora pensando, algumas delas até deveriam ter sido extintas, se considerarmos os acontecimentos inesperados. Mas, devido a meus próprios cuidados, elas continuam a sobreviver. Entretanto, eu não estou aguentando o peso de tudo e não sei como redistribuí-los...
E você, meu amor, responsável, talvez, por toda essa mudança, já que decidi fazer tudo isso por você, ainda nem consegui conversar com você sobre isso... Desde que tudo começou a se modificar, você só despeja ressentimento em cima de mim. Estive pensando, me parece que, ou você surtou, ou não esperava, ou o acontecimento pode ter sido grande demais para você, ou ainda continua tentando me enrolar, já que me lembro de nossa última conversa, bastava a solução, dada por mim, se resolver para que voltássemos a conversar. Infelizmente nunca mais consegui falar com você. Há quase um ano não nos encontramos de verdade. Sei que as coisas se complicaram, mas também sei que há uma falta de vontade, algo proposital, ou receio, de sua parte.
Queria conseguir me organizar, repensar minha vida, o que vou fazer daqui em diante, só depende de mim, mas sinto como se ainda estivesse presa para realizar tudo o que preciso e não sei como fazer para me desamarrar das "cordas". A ideia era realizar, realizei, para termos nossa liberdade, minha vida de volta, ainda não consegui ter minha vida de volta, parece que os laços se apertaram ainda mais, não sei o que fazer, como me desvencilhar de tudo isso. Também receio não saber o que fazer caso a inesperada liberdade venha se impor, ou caso eu a conquiste. Não sei o que fazer...